River Flows in You

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Dreams!

Há coisas que fazem pensar se teremos tempo, tempo para conseguir lutar por uma tentativa de concretizar os sonhos que vão crescendo desde que nascemos. Com os anos, alguns vão aprendendo a ceder aos caprichos do tempo, a viver o momento e aproveitar a que pode ser uma única oportunidade. Passo a passo, fazemos conquistas de que nos orgulhamos, seguimos caminhos importantes e dizemos que somos felizes porque concretizamos um sonho, depois, num piscar de olhos, aparece logo outro que nos obriga a desistir dessa felicidade, para lutar ainda com mais força e não perder o rumo.
No meio dessas batalhas encontramos importantes ajudas, amigos, o nome simples que têm essas pessoas que nunca abandonam o nosso lado em todas as lutas.
É por causa desses amigos que cada momento de luta não chega ao desespero, que cada lágrima acaba por ser substituída por um sorriso. Cada segundo, cada conquista, cada gargalhada com ao sem motivo, cada sonho ou pesadelo, cada sentido, nada seria tão importante, sem ter com quem partilhar.
O tempo, esse sim, não espera por ninguém, na volta atrás em busca de uma oportunidade que alguém perdeu, em vez disso, prega-nos partidas, passa rápido demais, e os momentos de felicidade não duram suficiente para serem reconhecidos, são confundidos com mera emoção passageira e empurrados lá bem para o fundo da lista de recordações. Os amigos, esses são tomados como dados adquiridos, desvalorizados, os sonhos, os sonhos, os sonhos vão-se confundindo com simples desejos, já não vale a pena lutar, é demasiado fácil…
E então, nesse momento algo acontece… Por alguma razão percebemos que o tempo chegou ao fim, que o tapete que pisávamos fugiu debaixo dos nossos pés, percebemos que perdemos tempo, esquecemos os sonhos e muitos ficaram por realizar, e então, tentamos corre e apanhar a ponta do tapete, gozar tudo o que deveria ter sido gozado numa vida, naquele instante, e é também nesse instante que percebemos que não vale a pena correr, nunca faremos tudo, mas podemos aproveitar esse pouco tempo, sem pressas, para dizer tudo o que queremos, amar todos os que tivemos medo de amar, enquanto andávamos perdidos na correria, chorar todas as lágrimas que foram privadas, e rir, rir com um amigo, rir das recordações que agora chegam apressadas e que mostram, que apesar de parecer, nem fomos assim tão infelizes.
Por vezes, não nos apercebemos do momento único que passou, pensamos que se vai repetir tantas e tantas outras vezes que nem merece a importância de um olhar mais atento, mas que no fim de contas pode acabara mais abruptamente! O desgosto ameaça tomar-nos quando temos percepção disso, mas não podemos deixar, ainda há uns instantes que não se renderam à velocidade do tempo, e estão à espera de ser aproveitados.
Há também, quem veja o seu tempo roubado, quem por muitos sonhos que queira concretizar, e por mais exemplar que seja a sua maneira de o tentar fazer, não tenha todo o tempo que deveria!
Então, se já sabemos que de uma maneira ou de outra, nem todos os nossos sonhos se irão realizar, porque continuamos a lutar?
Continuamos a lutar porque é assim que tem que ser, se não desistirmos, podemos não os concretizar todos, podemos chegar ao fim cansados de lutar sem os resultados que queríamos, mas vamos descobrir que é isso que nos faz felizes, uma vida de luta para perseguir os nossos sonhos, ao lado dos nossos amigos. Assim, podemos não descobrir uma parede cheia de “diplomas” de sonhos realizados, mas descobriremos com certeza recordações de momentos que nunca esqueceremos!
Porque: “Quando sonhas só tens de lutar para alcançares todos os teus sonhos e objectivos!”