River Flows in You

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Olhos cinzentos, olhos verdes

Talvez peça mais um dia
Só mais um
Para poder olhar para ti.
Sempre me prendi
Ao que achava ser correcto
Sem sentir.
Apenas quero mais um segundo
Para poder olhar para ti
Sem pensar no que perdi
Não agora,
Talvez depois do derradeiro momento
Em que o sol finalmente se desfaz
E chega o arrependimento
Por não poder olhar para ti.
Agora decidi pedir
Apenas mais um olhar ao por do sol
Onde ficaste e ficarás
E percebi que nunca estive sozinha,
Caminhaste a beira-mar
E choraste
Mas esperaste que o sol fosse
Dormir comigo
E então desejaste
A luz de uma estrela cadente
Que pudéssemos olhar os dois.
E o teu coração apertou-se
Para dar espaço à minha metade
E os teus olhos mudaram de cor.
Agora era eu que via
Agora era eu quem chorava
Pela felicidade
Que eras tu a sentir
Tal como a intensidade de cada olhar
Que deixámos por trocar
Até nos voltarmos a encontrar.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Thank you!


Did anyone notice I was gone?
Did anyone go to search me over and over again?
I didn’t thought so, but now I realise that you were. You found me when I was completely lost in the border of the abyss. And you know what?! I really threw myself for that one last step… back.
You were there and your arms were open with just the right space for one person: me. You made me cry, because you knew I needed to and then, I smiled at you and said that everything was fine again, you were there with me, as always, and that is all that matters after all.
Just thank you.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Somehow... I believe.

Deus existe? Ou existem apenas coincidências, ou um destino traçado, sem espaço para arrependimentos ou voltas atrás?!
Pessoalmente, prefiro acreditar que sim, Deus existe. Que não temos que suportar o facto de cada dia ser um caminho solitário. Temos amigos e família, realmente não podemos esquecer, mas os amigos e a família são apenas simples mortais, simples pessoas, que tal como nós precisam de algo mais.
Esse algo, talvez a força para continuar passo a passo seja o que motiva cada escolha que fazemos. Porque há Deus, mas também há a nossa maneira de contribuir para o projecto vida. Podemos fazer escolhas, somos nós que fazemos as boas ou más escolhas que motivam a crença. Não nos apercebemos disso, mas apesar das escolhas agradecemos a Deus pelas coisas boas, e arrependemo-nos pelas coisas más, o castigo Divino.
Somos crentes numa entidade superior, “Alguém” a quem podemos pedir ajuda nos momentos de maior necessidade, mas não apenas isso, isso seria esperar demais. Temos de ter alguma responsabilidade no futuro, aprender a fazer escolhas e a torná-las melhores com os anos.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Novo Capítulo

Já não consigo mais chorar
Já não consigo mais sentir
Só quero que me deixes abraçar-te
Uma ultima vez
Antes de seguires o teu caminho
O teu principio
E o meu fim
O principio do que tu amas
O fim do que eu sonhava.
Contei-te segredos
Viveste a minha vida
E construíste-me
Agora eu destruo-me
Para me vingar
Ou talvez porque não suporto pensar
Que me abandonaste.
A solidão não é para mim
Mas faz parte do que me tornei
Ou talvez a tenhas marcado em mim
Soa notas soltas, não-sei-quês dispersos
Não consigo juntar as peças
Não consigo ver o caminho
Que deveria nascer agora
Estou demasiado longe
A tentar endurecer
A tentar que não aconteça
O que mais medo tenho
Apenas porque fui demasiado estúpida
E não vi o que era para ver:
Que a nossa amizade iria morrer
Como morreremos nós um dia,
Sem nada.
Não percebes
Também não quero que percebas
Só quero que me deixes sorrir
Mesmo que não o esteja a sentir
Porque gosto demasiado de ti
Para te dizer o que não sei se quereria ouvir
Por isso digo apenas: até um dia
Com a voz embargada
E volto a esconder-me na fachada
De que sou feliz, como não sou
E de que não quero que me leves contigo
Para onde fores
E continuo sempre à tua espera
No ponto final
Onde nasce aquele novo capítulo.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Um outro olhar sobre o mundo

Morreste?
Ou simplesmente perdeste-te
No mapa das cores do céu?
Jogámos cartadas opostas
Complementares
Efémeras.
Com a certeza de que ficariam
Talvez no chão
Gravadas na Terra
Ou tatuadas no pincel
Que usámos
Na janela
Onde pintámos a paisagem
De sonhos
Que queríamos ver ao acordar
Para o resto da eternidade
Que julgáramos atingir
Mas também isso é efémero
A eternidade e a vida
Os segredos
A Humanidade
Há conclusões todos os dias
Teorias demasiado complexas
Quando afinal tudo se resume
A uma existência precária
Sem sentido
Com cor, com cheiro, com sabor
Mas sem corpo, sem musica
E tudo isso se resume a mim
E à minha maneira de olhar o mundo.

As palavras que nunca te direi

Adoro-te,
Não consigo viver sem ti,
Preenches-me,
Completas-me,
Tenho saudades,
Não te esqueças de mim,
Vem comigo,
Desculpa,
Obrigada,
Adeus!
Simples palavras
Conjuntos de letras
Mas são mais
Muito mais que isso
És tu
Sou eu
Somos nós
E são as palavras que nunca te direi
Ou que não queres ouvir
Mas vou continuar a fugir
Do que não consigo dizer
Do que não consigo entender
E não posso renegar
Porque no fim de tudo
Vais continuar a lá estar

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

I want to go home

I am waiting all alone
For someone
Or something
Some wild world
Some strange wish
Anything but normal
I am waiting, crying
For the world to change
Or a new chance
Anything but me
I am sick of myself
A selfish me that I don’t know
And you don’t like
No one likes
I want to fly
I want to risk
I want to die
And I know the why
I am alone
Waiting alone
There’s no one there
There’s no one waiting with me
For me
There’s no one to hold me
To help me
To protect me
The destiny is right in the end of the way
It’s the only one who waits for me
And I’m just going to say goodbye
I want to go home…

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

...

O meu espelho contempla-me
Um ente fechado
Por não saber a quem sorrir
Esqueceste tudo
Os últimos suspiros
As ultimas miragens
Do que eu pensava
Ser realmente real
Deixei de pensar
Porque não me quero enganar
No que vejo em ti
Temos prioridades
A minha eras tu
A tua é qualquer outro alguém
Mas percebi
Finalmente percebi
Que o que sempre vi
Foram tristes ilusões
Não sei se sentes remorsos
Não sei se tens que os sentir
E sem ti não sou nada
E sem ti não sou ninguém
E vou certamente sofrer
Mas vou aprender a ser
A mudar o que sempre pensei ver
No nós
Que possivelmente deixou de existir
Percebi que não tenho vergonha de chorar
Porque chorar não mostra o que sou
Mas sim o que não sou; insensível
Não esqueci nem vou esquecer
Nada
E depois não sei….

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Reticencias

O vento sopra
E a magia paira
Nos raios de invisibilidade
Que me compõem
Tu choras esquecida
Entre pedras
Entre notas
E a nossa historia
Voa para junto de mim
As paginas de piadas
Que dissemos
Procuram-me por saber o que sentes
Por saber que não vais esquecer
O que falta:
A despedida
Acrescento um só mais capítulo
Duas palavras mais
“Até breve”
Depois…reticencias…

Vai onde o vento te lavar

Uma tarde, um gelado a derreter. Esquecido na mesa da varanda, sob aquela amalgama de sois. As folhas cobertas de palavras pairavam nas correntes de ar, indo parar onde o vento as levasse. Onde elas caíam nasciam sorrisos, e novas palavras. Novas vontades e novos sentimentos. Novos destinos. A minha maneira de sonhar ficou diferente, menos sonhada e mais real face a ti e ao que me transmitiste. A tua coragem preencheu-me. O vento exigia mais folhas. Criara aquela sede de palavras que já existia em mim há muito tempo. As folhas exigiam mais vento. Esqueci-me das promessas de não mais escrever. A tinta saltava com vontade própria. Não era eu que obedecia àquele ciclo vicioso de vento e palavras. Porque o vento leva-te onde mais desejas. Não sabias?!

Noção de realidade

No cartaz a imagem olhava o mundo. Figuras supostamente geométricas, pintadas da cor dos olhos. Ninguém passava sem olhar. Tu olhaste. Eu vi. Mas fechaste os olhos. Talvez para gravar na memória a ferro e fogo aquela qualquer coisa mais diferente. O arrepio? Também o sentiste? Realmente somos iguais. O que eu sinto, tu sentes. Vice-versa. Treino as falas ao espelho para não me enganar na deixa crucial, no fim do primeiro minuto. O espelho devolve-me a imagem que já sei totalmente de cor. Não os olhos castanhos ou a madeixa rebelde, mas a liberdade de ser feliz na nossa tão diferente noção de realidade.

Coincidências

Passei por aquela praia
Naquele dia
Sentei-me na areia quente
A escutar o tempo
Perdido?
Talvez…
Talvez fosse um sinal
De que o capitulo acabou
Em reticencias
E palmas suspensas
Quando o pano desceu
Fim do acto
Fim da vida
Antiga
Olhei o céu
Azul, verde
Depende de quem olha
Para ti era uma
E para mim outra
Mas sabes?!
Não precisei de te perguntar
Via-se nos teus olhos a diferença
Não és banal em nada
Nem sequer no olhar
Olhas mais profundamente
Como se visses
Coisas que ninguém vê
Até naquela simples nuvem.
A maré estava vazia
Não havia conchas
Simples pormenores
Merecem atenção?
Depende
Se fores tu
Das atenção a tudo
Sempre foste simples
Mas completíssimo
Como ninguém mais
A praia
O céu
O mar
Tu, onde não te esperava encontrar
Coincidências perfeitas
Ou apenas coincidências?

E nesse dia?

Não sei como lidar
Com aquele aperto
Será saudade?
Será medo?
Não sei.
Ou talvez saiba
É tudo,
Também lhe posso chamar nada
Ou esperança
De que tudo nunca acabe
De que um dia seja o infinito
Não sei explicar
Como me faz sentir
O simples acto de pensar
Que um dia vais partir
Que um dia não mais te vou ver sorrir
Talvez se eu ficar sempre a espreita
E não fechar os olhos
Não te vás
Não te percas
Não te desvaneças
Talvez não possa mudar
O que vier a acontecer
Mas não posso pensar
Que um dia tudo vai mudar
Que um dia algo vai acontecer
E que eu te vou perder
Para um alguém ou alguma situação
E me vais deixar na ilusão
De que continuas para me ouvir
E que vou ter sempre tempo de me despedir
Não sei como lidar
Sem choro ou desespero
Com o simples acto de pensar
Que nada posso fazer
Para um pedaço de mim não morrer.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Talvez

Talvez as coisas um dia sejam diferentes
Talvez tenha escolha no que penso
Mas não agora.
Não pedi que viesses
Nem que deixasses o meu mundo de rastos
Arrasaste tudo
Pedra a pedra
Palavra a palavra,
Nunca ouve um lugar para ti aqui
Mas infiltraste-te
Nos meus sonhos
E viraram pesadelos.
Talvez um dia me deixes viver
Sem ser esta forma triste
De quase vida.
Negro pensamento
Não quero que fiques
Não quero perder-me em ti.
Talvez um dia eu deixe de falhar
Os meus objectivos
Talvaz um dia deixes de me magoar
Talvez um dia vás
E nao voltes
E eu deixe de ter medo.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Same old new

The same old paper
To write my notes
To tell my life
To cry for the lost battles
The same old paper
That I want to burn
In the same old fire
That burn’s me up
The same old fire
That I want to kill
That same old same
That means nothing to me.
My life is a same old same,
My life is a same old song
But the same old chorus
Will no more be singed
Will be changed today.
No more same old same
And my life I will live it
As a same old new

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A minha praia

"As ondas quebravam uma a uma
Eu estava só com a areia e com a espuma
Do mar que cantava só para mim. "

Apenas quero procurar a minha praia,
Lá no fundo, nao sei onde existir
Apenas quero ver as mesmas ondas
Onde sei que as posso descobrir.

Vou deixar pegadas na areia
Para me seguires se quiseres
Vou deixar o coração na minha praia
Foi sempre tudo o que sonhei.

A praia espera-me:
Partirei
O sol espera-me:
Vem comigo
O mar espera-me:
Não me odeies
Pois certamente um dia
Voltarei

domingo, 7 de setembro de 2008

Sabor a fim do dia

"Esqueci-me do meu nome. Perdeu-se, talvez no sol do fim da tarde. Fixava-me só no teu, e foi esse que ficou gravado a ferro e fogo no meu corpo; Nunca realmente se apagou a recordação que, no meio de muitas outras, montava esse velho texto de palavras gastas; As garrafas com as mensagens, que nunca escrevemos, andam á deriva no alto mar, ou talvez naquela ilha perdida; O sabor do sal também o fixei, foi o melhor sabor que já senti. Talvez por estar misturado com a leve música das ondas e o barulho do velho espanta-espíritos na velha cabana da praia; O quadro da folha de papel, onde assinaste o tque cheiro aindá está caido, no pedaço de laje fria, onde o deixaste. E a minha triste caixa das conchas douradas está aberta à espera do resto do conteudo, que deixámos espalhado em cima da rocha espalmada.
Lembras-te?"

Olhar

Olhaste, viraste costas e fugiste
No olhar senti o desafio
Que nunca realmente proferiste.
Deixaste o beijo no sorriso
Prometendo contar o que verias
Mas não voltaste nunca a tempo do aviso
De que não mais tempo terias.
Esqueceste todo o tempo que passei
Querendo contigo explorar
Querendo responder ao desafio
Que nunca chegaste a lançar.
Voltares foi tudo o que esperei
Nem sequer te deixei explicar
Preferi nao ouvir a negra historia
Que decerto tiveras tempo de inventar.
Parti para o que tinha que fazer,
Parti para o meu mundo explorar
Esse mesmo mundo que não me deixaste roubar.
Decidi ser eu a ver para contar.
Seguir os teus passos para não mais ter que procurar
O sol no horizonte, para me fixar
Enquanto esperava que aquele olhar
Finalmente se atrevesse a desafiar
Este outro vago olhar,
Para sonhar

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Por não saber escrever

Morro por não saber
O que aconteceu para me esquecer.
Dou corda ao relógio das palavras
Que se partiu em mil estilhaços
Como as simples estrelas,
Como os simples pedaços de sonhos.
É triste descrever o dia-a-dia
Mas é apenas o que agora sei fazer
Palavras banais,
Sentimentos normais
Nada onde me perder.
Por isso reino aqui
Num mundo de ilusões quebradas
Onde nas palavras que escrevo não há nada
A não ser fria solidão.
Na escolha de um passar ou vaguear
Escolhi a escolha que não tinha que fazer
A escolha que não mais sei descrever.
Foi difícil, foi errado, foi imperfeito
Mas a perfeição não existe, não se almeja:
Sente-se
E eu não sinto.
Não quero acordar e perceber
Que já nada mais tenho para ver,
Que já não tenho o mundo na minha mão
Apenas a minha sombra, a de um inimigo
Que odeio por ainda pisar este chão
Não há espaço nem tempo,
Apenas um vortex confuso
Onde ainda sou o passado
Mas também sou o futuro
Um futuro que não vai existir
Porque não quero ver partir
O meu sonho de sempre, para sempre.
Contei as gotas
Que as nuvens choraram por mim
Porque finalmente morri
Por não saber escrever.

Perfeição

Perfeição...muitos dizem que não existe, mas eu acho que sim. Não é uma estado de vida, mas um estado de espírito.
Muitos querem atingir o patamar mais alto, chegar ao limite do impossivel e superá-lo, outros refugiam-se na ilusão de dizer que ninguém é perfeito e que é impossivel ser.
Para mim, a perfeição nao é uma ilusão, é uma meta a atingir, começa-se de baixo, mas nunca se deixa de acreditar nem de trabalhar. Não sou convencida ao ponto de afirmar que o consigo, simplesmente recuso-me a acreditar no contrário. Para mim a perfeição é uma maxima de vida, o meu sonho.
A perfeição nao é acto de ser perfeito, imbativel, como dirá qualquer definição de dicionário. Para se ser perfeito cometem-se erros.
Pois bem, não tenho medo de ser arrogante e afirmar que QUERO SER PEFEITA, quero ir mais longe. E só por acreditar já atingi a perfeição...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Uma flor de...

Descobri que tenho picos
Tal como a flor das pétalas negras
Tenho picos para me proteger
Da insensibilidade da desconfiança
Picos que não ferem,
Mas matam
De tristeza
Picos que crescem
Como as recordações
De que sou uma flor de pétalas negras
Descobri que já não tenho folhas
Tal como a flor das pétalas negras
Não tenho folhas porque caíram
Ou foram arrancadas
Porque sou uma flor de pétalas negras
Descobri que o fogo não me queima
Tal como à flor das pétalas negras
Não me magoa
Não me queima
Não deixa marca
Porque sou uma flor de pétalas negras
Descobri que estou sozinha
Tal como a flor das pétalas negras
Estou sozinha porque pico
E entristeço
Porque sou uma flor de pétalas negras
Descobri que as pétalas negras não são minhas
Mas sim tuas
Deixaste-me a tua capa, as tuas pétalas
Para nunca me esquecer
De que sou uma flor de pétalas negras
Descobri que não sou uma flor de pétalas negras
Mas sim brancas
Porque não te deixei partir e deixar as pétalas para mim
Porque tu és uma flor de pétalas negras
E eu sou uma flor de pétalas brancas


Is not what i'm used to write but ... i like it!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

...

I don’t want to, I miss you

A tear running fast,
A day, another and another
And you just don’t come back
The moon right above my head
Is telling me to run away
But I don’t want to,
I miss you
The sad sound of a laugh
The sweet dream of a kiss
Everything makes me forget
But I don’t want to
I miss you
The stars shinning so brightly
In the darkness of my mind
Are making me afraid
But I don’t want to
I miss you
So long have you been away
That my heart found a way
To go out
But I don’t want to
I miss you




Se eu te perdesse

Se eu te perdesse,
não chorava, ria,
para me lembrar de ti.
Ao rir-me sei que
onde quer que estivesses
ririas comigo, como rimos agora!
Se eu te perdesse
sonhava, com o dia em que te iria encontrar!
Sonhava todas as noites contigo,
com o teu sorriso inconfundível,
com as tuas gargalhadas,
e aí sim, chorava,
por não te poder ter ao pé de mim,
por me teres deixado sozinha,
como tinhas prometido não fazer!
Se eu te perdesse,
perdia uma parte de mim,
a parte que não esquece que estás lá,
quando eu precisar, a toda a hora!
Se eu te perdesse
nunca mais descansava,
até te encontrar, porque,
te adoro!




Sozinha

Um dia serei uma folha,
De um caderno na tua mão.
Um dia serei uma palavra,
Que sairá dos teus lábios
Um dia serei um sussurro
Numa noite escura
Um dia serei um gesto
Que farás sem pensar
Um dia serei um resto
De uma nada sem perdão
Um dia serei um verso
Que alguém irá repetir
Um dia serei um olhar
Esquecido nos teus olhos
Um dia serei liberdade
De cantar lá do fundo
Um dia serei saudade
Do tempo do passado
Um dia serei nota
Da música que não cantas
Um dia serei fotografia
De um momento parado
Um dia serei magia
Que não aprendeste a fazer
Um dia serei alegria
Por te ver
Agora sou ilusão
De quem procura um caminho
Agora, simplesmente,
Te espero
Agora, simplesmente,
Sou eu
Agora, simplesmente,
Sozinha…



Não consigo esquecer

Lembro-me daquelas horas
De cada sessenta minutos
De cada sessenta segundos
Foram roubados
Mudaram-me
Lembro-me de cada palavra
Lembro-me de cada lágrima
Minha e tua
O nosso olhar era um ciclo vicioso
Tu começavas-me e acabavas-me
Tu preenchias-me
Ainda preenches, mesmo passado tanto tempo
Lembro-me da chuva que caía
Completando o meu estado de espírito
Lembro-me de tudo o que senti
Traíste-me, subjugaste-me
Lembro-me de tudo o que ainda sinto: saudade
Apenas não me lembro do que era
Antes, muito antes de ti
Esqueci-me, perdi-me sem poder evitar
Não me revejo nas fotografias
Tiradas há tanto tempo
Não sou eu, não consigo ser
Não vejo as mesmas coisas
Não sinto nada
Não existo concretamente
Não consigo esquecer…

Sempre mentira

O céu está limpo,
O sol brilha na minha cabeça
Não o sinto
Tenho frio
Dizem que os pássaros cantam
Não os ouço
Tenho saudades.
Vejo nas folhas das árvores
Que o vento sopra
O meu cabelo não mexe,
Tenho medo.
Dizem que estás ao virar da esquina
Que posso chegar e tocar-te
Não te encontro,
É mentira.
Sempre foi…
Não há sol
Não há pássaros
Não há vento
Não estás ao virar da esquina.
Continuo a ter frio
Continuo a ter saudades
Continuo a ter medo
Continuo a não te encontrar
Porque?!

domingo, 9 de março de 2008

Há amizades que se esquecem. Há amizades que não passam de conversas sem interesse. Há amizades de gargalhadas e anedotas secas. Há amizades que se perdem que, aliás, nunca foram encontradas. Há amizades de ir beber café. Há amizades de sair para viver a vida. Há amizades que fazem chorar. Há amizades que fazem rir às gargalhadas. Há amizades que só ficam registadas em fotografias, palavras, desenhos. Há amizades que ficam para sempre, mesmo que seja lá no fundo. Há amizades que vivem de uns poucos encontros apressados. Há amizades que se vivem todos os dias a cada segundo. Há amizades de música. Há amizades de sonhos. Há amizades de segredos. Há amizades em que se diz “Adoro-te, sabias?!”. Há amizades em que não é preciso dizer nada. Há amizades que precisam de ser justificadas. Há amizades que as palavras matam. Há amizades que precisam de cor. Há amizades que se vivem a preto e branco. Há amizades de correr atrás. Há amizades em que se fica parado à espera que chegue…Há amizades que vivem da novidade. Há amizades que procuram o passado. Há amizades que se esquecem do importante. Há amizades em que o importante é a própria amizade. Há amizades que precisam de ser ateadas. Há amizades que estão sempre acesas. Há amizades que por tudo o que significam são inesquecíveis: pelos bons ou maus momentos, pelas muitas ou poucas horas que ocuparam, e muito mais pelas pessoas que representaram.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

...

Conversa de Silêncios

Não sei bem o que te quero dizer
Procuro palavras para algo indefinido
Estamos frente a frente, olhos nos olhos
E a única coisa que sei é que quero ficar assim
Sinto-me perdida, confusa
Trocamos silêncios
Pareces também não saber o que dizer
Não sei ao certo
Já nem tentamos proferir palavras
Para quê?! Só complicam tudo!
Quero tocar-te
Quero sentir a tua realidade
Aproximamo-nos a medo
Centímetro a centímetro
A distância encurta-se
O tempo parece parar
No momento em que te toco, alguém chama
Palavras que parecem ferir
Resgatam-me para a realidade
Só tenho tempo para mais um olhar
Antes de despertar
Mas sei que ficarás sempre aqui
Para terminarmos a nossa conversa de silêncios.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O tempo muda tudo...

É impressionante como em diferentes dias, com diferentes disposições podemos pensar de maneira tao diferente... Num relativamente curto espaço de tempo, escrevi dois textos com +/- o mesmo tema, mas estao completamente opostos um ao outro! O outro ja está aqui no blog com o título de "dreams" e eu vou agora postar o mais recente:

Porquê lutar toda a nossa vida pelos sonhos? Aliás, o que são os sonhos afinal? Caprichos? Fantasias? Para mim os sonhos não passam de motivos para olhar para o infinito e quando me perguntarem o que estou a fazer, responder "Estou a sonhar!". Tenho planos, projectos e muitas, muitas fantasias! Qual a diferença? Planos são coisas definidas, seguras, coisas que vão ser feitas num momento determinado e exactamente como estão planeadas. Projectos são esboços de planos, coisas que talvez gostásse de vir a fazer, mas em que ainda nao tenho a certeza de querer apostar. Fantasias não passam de coisas que idealizei, que sonhei que um dia se viriam a tornar realidade, coisas quase impossíveis de algum dia chegarem a ser feitas, mas lá está, não passam de sonhos, coisa em que por vezes se aposta tudo: tempo, determinação, esperança, tenta-se e tenta-se dar o nosso melhor, esquecem-se as limitações, fazem-se promessas absurdas, e depois, o que é que acontece?! Desilusão, percebemos que somos fracos demais, que não temos talento, e perguntamo-nos: "Porque é que eu nao consigo? Eu queri tanto fazê-lo, mostrar que sou boa, qu consigo!" Depois, vemos alguém ocupar o nosso lugar, tomar conta do nosso sonho e fazê-lo tão perfeitamente que até parece fácil, e pensamos que é injusto, que devíamos ser nós a ocupar aquele lugar, queremos deixar de sonhar, fazer apenas o que somos bons e fazê-lo do que qualquer outro. Mas depois percebemos que o que somos bons é o que nos faz sonhar mais alto, que nos faz querer chegar amis longe, e isso confunde-nos. Afinal conseguimos ou não lutar pelos nossos sonhos?! Conseguimos ou não tornar as fantasiasa numa realidade absoluta e ainda melhor?!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Novo ano...a mesma vida, mas vivida de uma maneira melhor!

O ano de 2007 foi no minimo um ano interessante! Não posso dizer se foi bom ou mau, acho que teve os seus momentos bons e maus. Foi um ano complicado em termos de amizades, recheado de discussões, confusões, zangas, implicancias, enfim, passei metade do ano a tentar manter as minhaz amizades, foi muito complicado, ouvi coisas que secalhar nao merecia totalmente ouvir e outras que secalhar estava mesmo a pedir, para ver se assentava a cabeça, houve dias em que estive totalmente em baixo, sentia-me super sozinha e sabia que tinha feito algumas coisas de mal e por isso é que nos tinhamos zangado! Acabámos por nos reconciliar e as coisas ficaram muito mais faceis, até que, lá para o fim do segundo periodo fui +/- "arrastada" para uma enorme confusão e mais uma vez fiz asneira da grossa! Acho que foi uma das coisas que aconteceram na minha vida, e o pior é que afectou montes de gente, a partir dai, tudo mudou, perderam-se amizades, fortaleceram-se outras, mas o que é certo é que foi dificil voltar as aulas no terceiro periodo e enfrentar tudo! No terceiro periodo, até aconteceram coisas boas, contra todas a expectativas um dos meus poemas ganhou uma mensão honrosa num concurso da escola! O dia da entrega de prémios foi um dos MELHORES da minha vida, depois de receber um premio por fazer a coisa que eu mais gosto (escrever) e de ter partilhado esse momento com alguns dos meus amigos (foi mt mt importante para mim!), fui para a festa de finalistas de 9º ano de umas grandes amigas minhas (GUI, SARA, SOFIA, JOANA etc... MOMENTO PARA RECORDAR!), na qual fui madrinha de uma delas (GUI, MINHA AFILHADA PARA SEMPRE!) FOI UM DIA GLORIOSO! Depois desse dia, mais uns dias de aulas e depois... FÉRIAS!!! Algarve, praia, sol, dormir até tarde, estar acordada até às tantas... mas o que é certo é que nem tudo sao rosas, mais uma vez, foram uns meses atribulados em termos de amizade, "alguém" decidiu tirar as ferias para ma fazer a vida negra e ainda por cima com "reforços" foi assim daqueles momentos em que so me apetecia bater a essas pessoas todas e mandá-las meterem-se na vida de outra pessoa! Resumindo, passei quase o Verão todo em discussões absolutamente estupidas cfom pessoas que nao merecem, que acabaram com relações cortadas com uma grande amiga minha, odiava-a mesmo, apaguei todos os vestigios de que essa amizade tinha existido e prometi a mim mesma que nunca mais havia de falar com ela! As coisas passaram-se como eu tinha planeado...duarante uns tempos, depois o meu "coração mole" lá se permitiu a perdoa-la, mas com condições, claro! Isto entratanto quando as aulas já tinham começado à quase um mês!
O inicio do 9º ano foi estranho, estava com uma relação um bocado estranha com as minhas amigas, estávamos muito bem, mas ao mesmo tempo sentia-me diferente! Entretanto, um dia no bar comecei a falar com uma grande amiga minha de infância, tinhamos andado no mesmo colégio onde eramos muito boas amigas, mas depois tinhamos ido para escolas diferentes e perdido contacto, até ao 7º ano em que fomos as duas lá para a escola. Falávamos uma com a outra d vez em quando, um " Olá, estas boa?!" de vez em quando e pronto, cada uma tinha a sua vida, mas nesse dia no intervalo estivemos a falar um bocado e depois ela convidou-me para ir ter com as amigas dela das PENETRAS (a equipa de futsal da nossa escola), que umas eu já conhecia e boutras fiquei a conhecer. Passei a dar-ma mais com elas, sentia-me bem com elas, embora talvez um pouca a mais, mas as coisas com a Leonor e com o resto da malta estavam a correr muito bem, e eu entratanto fui ver uns treinos das Penetras (a melhor equipa do mundo, optimas jogadoras e melhor ainda, optimas amigas) e elas começaram a dizer que precisavam de uma guarda-redes para a equipa, nao sei porquê eu, mas o que é certo é que começaram todas a tentar convencar-me a entrar para a equipa. Eu nao queria aceitar porque tinha imenso medo de nao prestar para nada e de as desiludir, desiludir as minhas amigas, principalmente a Leonor, por quem eu tenho uma enorme consideração e estima, alguem que eu adoro mesmo, que me diz muito do que eu era quando era mais nova, e de quem preso muito a opinião, mas o que aconteceu foi que elas tanto insistiram que eu acabei por entrar (e por as desiludir a todas, muito mesmo)! O primeiro treino ate correu razoavelmente bem, mas a partir daí acabei por começar a perceber que sou uma autentica nódoa no futsal, e pior ainda, nao consigo controlar os meus nervos, o que faz com que ainda faça mais porcaria dentro da baliza! Apesar de saber disso, pediram-me para não desistir, e eu decidi tentar mais uma vez, mais importante ainda, decidi que vou conseguir ser uma guarda-redes razoavel! Entretanto no meio de tanta coisa, 2007 chegou ao fim, a noite de Ano-Novo foi optima, há coisas para repetir e outras nao tanto, a entrada em 2008 foi com o pé direito, com mais 366 dias para aproveitar ao maximo (sem exageros, claro!) e com alguns objectivos bem traçados que vao ser cumpridos, custe o que custar...!
Já agora, Smile,conhecer-te foi uma das melhores coisas de 2007 e, Leonor, Banha , Rita, Smile, Marta OBRIGADA POR TUDO (ao resto das Penetras também, mas a voces especialmente!)
Leonor, disseste-me coisas que nunca vou esquecer, nunca mesmo, adoro-te imenso!