River Flows in You

quarta-feira, 12 de maio de 2010

As Portas do Céu, a um Passo do Inferno (parcial)

À Pequenina:

A cada passo mais perto de tudo
Do infinito que me vai permitir viver
Contigo tudo é tudo
Sem ti tudo é nada
E estou mais perto
Muito mais perto de ser o teu Céu
E o meu Inferno
E não me canso da melodia à minha volta
Do som do vento, enquanto corro
Do som da tua voz em mim
Chamando-me.

Capitulo V, parte II

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Regresso ao passado

Olá...pois e, sou eu...

Perdi a conta ao tempo que passou desde que escrevi aqui, para quem quis ler. Sei que ninguém precisa deste blog, mas eu preciso. A cada segundo que passa na minha vida preciso mais de escrever.

Chorar é apenas chorar, lágrimas sentidas ou não, por qualquer coisa que me ultrapassa. Passei a maior parte dos ultimos tempos a chorar, quase nao houve um dia em que uma lágrima rebelde não teimasse em aparecer. Toda a minha vida se envolveu num pequeno turbilhão de fios enterlaçados, e desisti de olhar em frente.

Houve alturas em que pensei que nao era possivel voltar a respirar, desfazer o nó da minha garganta e abrir os olhos para o mundo, mas cresci. Tenho noção disso porque percebi que aprendi a falar... nao o acto de soletrar letras e formar palavras, mas sim de partilhar, abrir, mais do que a boca, o meu coração e soltar ao vento aquilo que antes cá ficava a manter a ferida aberta.

Pois bem, nao serviu de nada, falei de mais quando deveria ter ficado calada, falei e falei com vontade de dissolver tudo em palavras e lágrimas, mas nao devia ter falado. Tenho demasidos fios enleados para os perceber, e os dar a perceber a alguém mais, e nao tenho a certeza de ter alguem que queira realmente perceber.

Mais uma vez dei tudo, tudo aquilo que podia e nao podia, para que tudo corresse bem, corri atrás da minha felicidade, subindo as escadas da felicidade dos outros, tentanto chegaer mais longe do que alguma outra vez antes, mas nao tenho jeito nem paciencia para correr atrás. Vivo pelos outros e para os outros, esperando que talvez um dia as coisas funcionem para mim, sem esperar mais.

Falar, nao resulta para mim, tentei e arrependi-me. Prefiro escrever... é a minha maneira de me dar a conhecer ao mundo. Chorar, é apenas algo que faz parte de mim, algo apenas e só banal, que me liberta um pouco de cada dia, que pretende também subtituir palavras, porque nao aguento o facto de saber que ao falar, afasto pessoas que para mim sao nada mais que uma razão para estar viva. Mas não aguento a saudade e o arrependimento por qualquer tipo de erro que nao era suposto ter cometido, portanto preciso de me afastar um bocado para por a cabeça no lugar. Se magoar alguém só tenho que pedir desculpa, mas também não aguento mais magoar-me a mim...
Desculpem!